terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dia do Hétero - Legislativo deve ser independente

Tomei conhecimento, através da imprensa, de que vereadores, por imposição da militância gay, pretendem ir até o prefeito Gilberto Kassab para pressioná-lo a vetar o projeto que criou o Dia do Orgulho Hétero. Segundo a reportagem, os militantes gays pressionaram o líder do PT e o líder do PSDB. Ao ler a notícia de que vereadores pedirão o veto do prefeito, fiquei estarrecido. Afinal, com essa atitude, a Câmara demonstra incapacidade de resolver seus próprios problemas.
         Eu também poderia ir até o prefeito com alguns vereadores e com pessoas que me apoiam, e pedir a sanção do projeto. Mas preferi deixar a decisão para o prefeito, sem fazer nenhuma pressão.
         Também é preciso deixar claro que a Câmara tem 55 vereadores e eu sou apenas um deles. E o que alguns vereadores chamam de obstrução é o fato de eu ter ido para a tribuna discutir os projetos que estavam na pauta.
         Infelizmente, todos os projetos de vereadores são votados de forma simbólica, e quando um vereador decide discuti-los em plenário é acusado de fazer obstrução. É por isso que se aprovam mais de 50 projetos em meia hora, sem que nenhum vereador discuta. O resultado disso é que um grande número de projetos acaba vetado pelo prefeito.
         Caso algum vereador tome a iniciativa de propor a revogação do meu projeto, eu passo a ter o direito de fazer o mesmo com outros projetos já aprovados pela Câmara.


Carlos Apolinario
Vereador em São Paulo

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