quarta-feira, 30 de maio de 2012

Lobby gay

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de São Paulo rejeitou neste dia 30 de maio de 2012, o projeto de lei nº 98/2010, de minha autoria, que proíbe manifestações na avenida Paulista, com exceção de três, de interesse geral da cidade: o aniversário de São Paulo, a corrida de São Silvestre e o réveillon. Na justificativa da matéria, lembrei que a Paulista deve ser preservada de grandes concentrações que bloqueiem o trânsito, em razão de ser a principal via de acesso a alguns dos mais importantes hospitais da cidade, como Clínicas, Incor, Santa Catarina e Oswaldo Cruz. Um acordo entre a prefeitura e o Ministério Público também restringiu a avenida a três manifestações por ano. Tirou de lá a Marcha para Jesus, mas manteve a Parada Gay na Paulista, o que caracteriza privilégio ao movimento dos homossexuais e discriminação aos evangélicos. Os outros dois eventos mantidos na Paulista, o réveillon e a corrida de São Silvestre, são de interesse geral da cidade. A rejeição ao projeto acontece no mesmo momento em que o Ministério Público estuda proibir a Parada Gay na Paulista ou, obedecendo ao princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei, estabelecer um sistema de rodízio, entre todos os movimentos da sociedade. No meu entendimento, por ser um importante corredor de acesso aos hospitais, a Paulista não é adequada para receber nenhuma grande reunião – nem a Marcha para Jesus, nem a Parada Gay. Infelizmente, na votação do meu projeto na Constituição e Justiça na Câmara, a impressão que dá é que prevaleceu o lobby gay. Mas já apresentei recurso para que o PL nº 98/2010 seja votado em plenário. Para ler o projeto na íntegra, clique aqui. Para conhecer a justificativa ao projeto, acesse o site da Câmara Municipal de são Paulo.

Carlos Apolinario
Vereador em São Paulo.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Ministério Público estuda proibir Parada Gay na Paulista

Tenho lutado há anos para que o poder público não permita a realização de grandes concentrações na avenida Paulista, por esta ser a principal via de acesso a muitos hospitais, como o Incor, Clínicas e Oswaldo Cruz. Cheguei inclusive a apresentar um projeto de lei na Câmara Municipal que proíbe as manifestações na Paulista, exceto o aniversário da cidade, o reveillon e a corrida de São Silvestre, por estes eventos serem de interesse geral da cidade e não representativos de um segmento da sociedade. No entanto, um acordo entre a prefeitura e o Ministério Público manteve a Parada Gay e tirou a Marcha para Jesus da Paulista. Ou seja, houve privilégio ao movimento gay e discriminação aos evangélicos, e a outros segmentos da sociedade, que tiveram de fazer suas concentrações em outros locais. A propósito dos eventos na avenida Paulista, a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, publicou hoje duas notas, que reproduzo abaixo:
SINAL AMARELO
O Ministério Público de SP está finalizando um estudo sobre a utilização de vias públicas, como a avenida Paulista, para grandes manifestações que impactam o trânsito - por exemplo, a Parada Gay. Uma das ideias que voltaram a circular é a de propor a proibição de seu uso.
RODA VIVA
Na impossibilidade de isso ocorrer, estuda-se um rodízio. A Paulista, por exemplo, só recebe três eventos por ano -a Parada, a corrida de S. Silvestre e o Réveillon. A ideia é que outras manifestações, como as evangélicas e as do movimento negro, se alternem no uso da via.

Entendo que a Paulista não deve ter eventos promovidos por setores da sociedade, mas, se houver, o critério para sua utilização deve ser o mesmo para todos. Ou podem todos, ou não pode ninguém. Sou contra privilégios, pois ninguém está acima do bem e do mal.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

INGRATIDÃO

Durante a minha vida pública, tive oportunidade de conviver com muitas pessoas, de todas as classes sociais, ouvi muitas histórias sobre a vida delas. Entre os assuntos que eu mais ouvi, está a ingratidão. Infelizmente, sou obrigado a concordar com elas, pois, no mundo em que vivemos, quando alguém está precisando de alguma coisa de outra pessoa, ela se faz de humilde, gentil, demonstra até admiração pela outra. Porém, quando não precisa mais, muitas vezes fica até inimiga da pessoa que a ajudou, vira a cara e, pior, em alguns casos a ingratidão é tão grande que o mal agradecido ainda passa a falar mal daquele que lhe prestou auxílio.
Como cristão, ainda acredito na lei da semeadura. Tudo o que o homem semear ele ceifará. Muitas vezes, quando o ingrato é traidor, passa por lutas e problemas, faz-se de coitado e pergunta: “por que estou passando por isso, se eu nunca fiz mal a ninguém?” Eu, até por experiência própria, posso dizer que a ingratidão e a traição são irmãs gêmeas. Não estou falando de traição entre casais, e sim de pessoas que fazem até juramento de amor pela outra, e depois agem como ingrato e traidor. Creio que todos nós devemos nos olhar no espelho e verificar se temos agido assim.

NÃO SEREI CANDIDATO A VEREADOR

Eu tenho dito repetidas vezes que não serei candidato à reeleição. A você que me acompanha, eu darei, oportunamente e em primeira mão, todos os motivos que me levaram a tomar a decisão de não me candidatar a vereador. Porém o meu mandato vai até 31 de dezembro 2012 e, até lá, eu vou exercê-lo em todos os aspectos, lutando para aprovar os bons projetos, mesmo aqueles que não sejam da minha autoria.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Evangélicas reclamam de casa de swing e promotor manda abrir inquérito contra elas

Reportagem publicada à página 9 do caderno Cotidiano, da Folha de S. Paulo, em 16 de maio de 2012:

Foco

Reclamação sobre barulho em casa de swing se volta contra as denunciantes

Promotor pede para polícia abrir inquérito sob suspeita de denunciação caluniosa feita por duas moradoras da Augusta

LÉO ARCOVERDE
DO “AGORA”

Queixas de duas moradoras contra o suposto barulho da casa de swing Nefertitti Club, na rua Augusta, no Jardim Paulista (zona oeste), mudaram de rumo e podem virar caso de polícia contra as reclamantes.
O promotor do Meio Ambiente Marcos Lúcio Barreto começou a investigar há três meses queixas da advogada Raquel Barcellos, 33, e da pedagoga Elizabete Cassavara, 47, síndica do edifício Augustus, vizinho da boate.
Barreto disse que, nesse período, as vizinhas, ambas evangélicas, relataram o mesmo problema várias vezes. Ele afirmou ter feito cinco inspeções na frente da Nefertitti Club e não ter constatado o problema relatado.
A prefeitura também fiscalizou, e nada. Disse que o barulho da rua é mais alto que o da Nefertitti.
PATRULHAMENTO
Com isso, o promotor concluiu que as vizinhas da boate mentiram para ele.
Segundo ele, as moradoras fizeram "patrulhamento moral" porque elas se incomodam com o tipo de frequência e de prática que há na boate Nefertitti.
"É um egoísmo da parte de pessoas que não sabem conviver em sociedade", disse.
O promotor pediu que a polícia instaure inquérito para investigá-las por denunciação caluniosa, crime com pena de até oito anos de prisão.
"Eu nunca fui tão humilhada em toda a minha vida", disse Raquel. Ela abriu uma representação na Ordem dos Advogados do Brasil contra o promotor.
"Não temos por que mentir. O promotor tratou a gente como dois cachorros sarnentos", disse a síndica.
Paulo Machado, um dos donos da Nefertitti, afirma que gastou mais de R$ 1 milhão com o isolamento acústico do local. "Não há nada de errado. Toda a documentação está em ordem."

terça-feira, 15 de maio de 2012

Mais uma vez, evangélicos são discriminados

A imprensa vem divulgando que o ex-diretor do Aprov (departamento de aprovação de edificações) está sendo acusado de enriquecimento ilícito durante os sete anos em que foi diretor deste departamento, o que levanta suspeita sobre todos os empreendimentos aprovados durante sua gestão. Porém o Jornal da Tarde, na coluna VOCÊ PRECISA SABER, do jornalista Roberto Fonseca, levanta suspeitas apenas sobre os templos religiosos.
Em que pese o respeito que tenho por este jornal, cabe aqui uma pergunta: e os shoppings, as grandes construtoras de centenas de mega prédios? Diante de tantas acusações, quando vejo citar apenas os templos religiosos, e não estas construtoras, considero uma discriminação contra os evangélicos, nos colocando como bois de piranha, pois, enquanto acusam os evangélicos, as construtoras ficam tranquilas. De forma respeitosa, não posso ficar calado diante desta nota que, repito, discrimina os EVANGÉLICOS.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

POR QUE SÓ OS EVANGÉLICOS?

Carlos Apolinario
            O jornal O Estado de São Paulo publicou reportagem com o título “Ministério Público vai investigar eventos religiosos”. Para mim, investigação é feita para procurar criminosos. Será que os promotores os buscam ao investigar um evento como o realizado pela Igreja Mundial do Poder de Deus domingo passado, 6 de maio, em que se reuniram pelo menos 800 mil pessoas?
            Não tenho nada contra o Ministério Público. Tanto é assim que, quando presidi da Assembleia Legislativa, ajudei a aprovar leis que deram prerrogativas aos promotores. Porém fico preocupado quando tomo conhecimento de que uma instituição tão importante como a deles decide investigar igrejas.
            São Paulo, com 11 milhões de habitantes, tem eventos como a Fórmula Indy, o Carnaval e a Parada Gay. Há também eventos menores, como a Marcha da Maconha, realizada na avenida Paulista. Não li nenhuma notícia de que o Ministério Público decidiu investigar os organizadores desses eventos.
            Parece existir no Ministério Público um movimento para impedir concentrações evangélicas em São Paulo. Reconheço que nem todos os promotores pensam assim. Também não é só o Ministério Público que demonstra má vontade. Soube pela imprensa que o prefeito Gilberto Kassab teria mandado recado aos evangélicos: a partir de 2013, só poderão realizar reuniões aos domingos. Segundo o que foi publicado, quando for construído o centro de exposições em Pirituba, o chamado Piritubão, as concentrações evangélicas deverão ser feitas lá.
            Entendo que o prefeito está errado em tentar colocar os evangélicos numa espécie de gueto. Há pouco tempo, um acordo entre o Ministério Público e a prefeitura manteve a Parada Gay na avenida Paulista, e retirou de lá a Marcha para Jesus. Ou seja, Tiraram Jesus da Paulista e mantiveram a Parada Gay. Agora, segundo a notícia, querem mandar para Pirituba eventos como a Marcha para Jesus. E a Parada Gay continuará na Paulista?
A Folha de S. Paulo, que ao lado de O Estado de S. Paulo é um dos maiores jornais do país, os quais admiro e respeito, noticiou “Praça Heróis da FEB é danificada após eventos”, com uma foto mostrando lixo. Na praça, a Força Sindical comemorou o Dia do Trabalhador e a Igreja Mundial realizou grande culto.
Na Virada Cultural, que apresentou várias atrações, também houve grandes concentrações. Será que, depois da apresentação dos cantores, também não se acumulou lixo? A imprensa não publicou nada a respeito, embora todos saibam que, onde ocorrem shows, fica sujeira. É natural, mas só se transforma em notícia quando o público é evangélico.
Segundo a imprensa, o Ministério Público processou o prefeito Kassab e o pastor José Wellington, presidente da Assembleia de Deus, pelo uso do Pacaembu para a comemorar os 100 anos da igreja, em novembro de 2011. Na ação, o promotor exige o pagamento de multa no valor de R$ 50 milhões, divididos em partes iguais entre o prefeito e o pastor.
O encontro teve a presença do governador Geraldo Alckmin e de outras autoridades, e terminou no horário permitido pela lei do silêncio. Mesmo assim, o Ministério Público diz que a utilização do estádio foi ilegal. O Pacaembu já foi palco de cantores famosos, como Madonna. Será que tentaram multar a Madonna em R$ 50 milhões pela realização do show?
A balança pende para um lado. Os jornalistas deveriam verificar se são verdadeiros os registros de que, durante os cultos, um cego sai enxergando, um paralítico sai andando, um leproso ou aidético ficam curados. Se uma pessoa diz que era cega e foi curada, é fácil saber se é verdade. Basta ir à sua casa, entrevistar os parentes e vizinhos, e verificar os exames. Se for mentira, o pastor é um estelionatário. Mas, se for verdade que a pessoa foi curada -- pela fé, não pela ação do pastor, porque quem cura é Deus --, a imprensa deve publicar.
            Coisas boas acontecem durante as festividades da igreja, mas só se vê o lado negativo, sempe com má vontade. Veja o exemplo da Renascer. A igreja transformou um antigo cinema em templo, e errou ao não fazer a manutenção correta do telhado, que caiu e causou mortes. Os pastores têm de ser responsabilizados pela falta de cuidado, mas não se justifica a proibição da Justiça para a reconstrução do templo. Querem antes estudos de impacto na região. Mas já existia um templo no local!
            Se o teto de um supermercado cair, como já aconteceu, será exigido estudo de impacto para reconstruí-lo? Creio que não. Já para o caso da igreja, a exigência está sendo feita. Por quê? Com todo o respeito aos críticos, na minha opinião existe preconceito e até perseguição contra os evangélicos.
            O evangélico não deve ter privilégios, mas também não pode ser discriminado. Evangélico não pode tudo, pois a cidade também é do católico, espírita, umbandista e do ateu, e todos precisam ser respeitados, e nas grandes concentrações, sejam evangélicas ou não, todos os esforços devem ser feitos no sentido de proteger o patrimônio público e evitar problemas de trânsito.
            Carlos Apolinario, empresário e vereador em São Paulo, já foi deputado estadual, presidente da Assembléia Legislativa e deputado federal.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Diario de S. Paulo diz que meu projeto pode ser solução para o problema do trânsito

      O Diario de S. Paulo, um dos jornais mais importante da cidade, publicou hoje editorial em que manifesta apoio ao meu projeto que cria o pedágio urbano na capital. Abaixo, segue a íntegra do editorial, texto que reflete a opinião do Diario de S. Paulo:

Pedágio urbano em debate
Caminha, na Câmara Municipal, um projeto que prevê a implantação do pedágio urbano na capital paulista. Uma das comissões da Câmara examinou o projeto e concluiu que, do ponto de vista legal, está tudo certo. É neste ponto que nos encontramos e, de antemão, o prefeito Gilberto Kassab apresenta sua posição categórica de quem rejeita o debate: “Quando tomei posse, há sete anos, assumi compromisso com os paulistanos de não implementar o pedágio urbano". De fato, em mais de uma ocasião, o prefeito expressou a posição de autoridade que se recusa a considerar essa alternativa para o caótico trânsito paulistano.
Mas a verdade é que o caótico trânsito paulistano exige soluções duradouras, profundas, que vão provocar reações das partes prejudicadas. Serão, inevitavelmente. medidas impopulares, dessas que só os administradores de visão e coragem ousam tomar. O rodízio foi uma solução assim, se bem que implantada, em 1997, por um prefeito que não se notabilizou pela visão correta e ampla dos problemas da cidade, muito menos pela coragem e disposição de enfrentá-los. A realidade histórica, de todo modo, atesta que o rodízio tira de circulação 20% da frota, a cada dia, com reflexos positivos no trânsito e na qualidade do ar.
A mesma realidade histórica está mostrando que não basta o rodízio, pois a frota paulistana já passa dos sete milhões de veículos e cresce à razão de mais de 100 licenciamentos de veículos novos a cada dia. O melhor caminho, a melhor saída, todos conhecem: mais trilhos de metrô e de trens metropolitanos, com o suporte de mais corredores exclusivos para ônibus. Prefeitura e governo estadual estão investindo nesse rumo. Só que investem menos que o necessário para recuperar o tempo perdido.  Desde seu inicio. 40 anos atrás, o Metrô só agora se aproxima dos 80 quilômetros de linhas, quando deveria ter mais de 200 km.
Da mesma forma, são insuficientes os trens metropolitanos e os corredores de ônibus. O resultado é o que se vê toda vez que acontece qualquer empecilho. Um pequeno acidente na Marginal Tietê, ou na Marginal Pinheiros, trava o trânsito de toda a região por pelo menos uma hora. Acidentes mais graves significam travamentos mais demorados. Toda chuva mais forte paralisa a circulação dos trens. No Metrô, há momentos em que o sistema para simplesmente porque há passageiros além da capacidade dos trens. Esses não são empecidos raros. Acontecem todo dia.
A situação atual de São Paulo é de caos permanente no trânsito. Enquanto não chegam as grandes obras salvadoras e definitivas -- mais trilhos do Metrô e dos trens da CPTM --, é preciso adotar medidas paliativas, transitórias. O pedágio urbano pode ser uma delas. É necessário discutir, debater. Recusar esse debate é um erro do prefeito.

Diario de S. Paulo diz que meu projeto pode ser solução para o problema do trânsito