quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Elio Gaspari faz crítica na hora errada

Nesta quarta-feira, 02/11/11, li na Folha de S.Paulo, no caderno Poder, à página A8, um artigo do jornalista Elio Gaspari com o título Lula, câncer, SUS e o Sírio, em que o jornalista, em um momento totalmente inadequado, critica o ex-presidente e o SUS, e faz comparação infeliz entre o tempo para conseguir tratamento no Sírio e no SUS, sem mencionar que, por melhor que seja o atendimento no SUS, nunca será igual a um hospital particular. O jornalista se preocupou em mencionar o prazo para o atendimento e o valor pago no Sírio, e informou que, durante o governo Lula, o número de pessoas que passaram a ter plano de saúde aumentou 15 milhões, sem reconhecer que estes dados demonstram duas realidades. Uma é o mau atendimento do SUS, e outra, a melhora do poder aquisitivo de 15 milhões de brasileiros, que passaram a ter condições de ter plano particular.
Elio Gaspari aproveitou para falar do câncer da presidente Dilma e o do ex-vice José Alencar. E mais: criticou a homenagem que o governo lhe prestou, a dar o seu nome ao Instituto Nacional do Câncer, que é público, com um argumento desproporcional, dizendo que ele nunca pisou lá. O sistema público de saúde é, de maneira geral, ruim em todo o Brasil. Portanto, deve ser criticado em todos os níveis -- municipal, estadual e federal. Porém, se aproveitar de um momento em que o ex-presidente Lula passa por um momento difícil, na luta contra o câncer, é, no mínimo, uma critica na hora errada. É dever da imprensa criticar a má administração, mas é dever também da imprensa respeitar os momentos difíceis, como este em que Lula enfrenta um câncer.

Carlos Apolinario,
Vereador em São Paulo (DEM)

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