quinta-feira, 3 de maio de 2012

Diario de S. Paulo diz que meu projeto pode ser solução para o problema do trânsito

      O Diario de S. Paulo, um dos jornais mais importante da cidade, publicou hoje editorial em que manifesta apoio ao meu projeto que cria o pedágio urbano na capital. Abaixo, segue a íntegra do editorial, texto que reflete a opinião do Diario de S. Paulo:

Pedágio urbano em debate
Caminha, na Câmara Municipal, um projeto que prevê a implantação do pedágio urbano na capital paulista. Uma das comissões da Câmara examinou o projeto e concluiu que, do ponto de vista legal, está tudo certo. É neste ponto que nos encontramos e, de antemão, o prefeito Gilberto Kassab apresenta sua posição categórica de quem rejeita o debate: “Quando tomei posse, há sete anos, assumi compromisso com os paulistanos de não implementar o pedágio urbano". De fato, em mais de uma ocasião, o prefeito expressou a posição de autoridade que se recusa a considerar essa alternativa para o caótico trânsito paulistano.
Mas a verdade é que o caótico trânsito paulistano exige soluções duradouras, profundas, que vão provocar reações das partes prejudicadas. Serão, inevitavelmente. medidas impopulares, dessas que só os administradores de visão e coragem ousam tomar. O rodízio foi uma solução assim, se bem que implantada, em 1997, por um prefeito que não se notabilizou pela visão correta e ampla dos problemas da cidade, muito menos pela coragem e disposição de enfrentá-los. A realidade histórica, de todo modo, atesta que o rodízio tira de circulação 20% da frota, a cada dia, com reflexos positivos no trânsito e na qualidade do ar.
A mesma realidade histórica está mostrando que não basta o rodízio, pois a frota paulistana já passa dos sete milhões de veículos e cresce à razão de mais de 100 licenciamentos de veículos novos a cada dia. O melhor caminho, a melhor saída, todos conhecem: mais trilhos de metrô e de trens metropolitanos, com o suporte de mais corredores exclusivos para ônibus. Prefeitura e governo estadual estão investindo nesse rumo. Só que investem menos que o necessário para recuperar o tempo perdido.  Desde seu inicio. 40 anos atrás, o Metrô só agora se aproxima dos 80 quilômetros de linhas, quando deveria ter mais de 200 km.
Da mesma forma, são insuficientes os trens metropolitanos e os corredores de ônibus. O resultado é o que se vê toda vez que acontece qualquer empecilho. Um pequeno acidente na Marginal Tietê, ou na Marginal Pinheiros, trava o trânsito de toda a região por pelo menos uma hora. Acidentes mais graves significam travamentos mais demorados. Toda chuva mais forte paralisa a circulação dos trens. No Metrô, há momentos em que o sistema para simplesmente porque há passageiros além da capacidade dos trens. Esses não são empecidos raros. Acontecem todo dia.
A situação atual de São Paulo é de caos permanente no trânsito. Enquanto não chegam as grandes obras salvadoras e definitivas -- mais trilhos do Metrô e dos trens da CPTM --, é preciso adotar medidas paliativas, transitórias. O pedágio urbano pode ser uma delas. É necessário discutir, debater. Recusar esse debate é um erro do prefeito.

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